sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Semana em Paris

Um piscar de olhos e praticamente metade das férias já passaram. Tentei aproveitar essa primeira semana de férias pra conhecer melhor Paris. Esta começando a ficar bem frio aqui. Ainda não esta nevando, o que é um pouco estranho para essa época do ano, mas segunda feira, quando saimos da Supélec, umas 10 e meia da manhã, as poças de água que estavam na rua estavam congeladas.

Segunda-feira fiz o Navigo, passe que da direito a utilisar todos os transportes publicos de Paris por uma semana. De tarde finalmente fui conhecer o Louvre. E realmente ele é gigante! São 4 andares com os mais variados tipos de obras de artes.

Tem uma parte dedicada as antiguidades egipcias, onde alem de terem esfinges e colunas gigantes, eles trouxeram uma pequena capela do Egito. Outra parte é dedicada a esculturas gregas. Uma outra para antiguidades orientais, como o codigo de Hamurabi. Sem contar os milhares de quadros existentes.

Ficamos uma tarde inteira, não chegamos a ir no ultimo andar, não passamos por alas inteiras dos outros andares, mas mesmo assim, vimos muitas coisas, e elas eram incriveis.

No outro dia, como a maioria dos museus estavam fechados, resolvi ir até o Musée d’Orsay. Parece que eu não tinha sido o unico a ter essa idéia. Logo que cheguei na porta e vi o tamanho da fila desisti de ver esse museu naquele dia. Fui comprar minha mochila pra viagem, e voltei pra Supélec.

Assim que chego na Supélec encontro o Janailson, o Raphael, e um amigo do Janailson que veio passar as férias aqui em Paris, que também se chama Raphael. Eles tiveram a idéia de ir patinar no gelo. Fomos para Paris. A gente acabou descobrindo que tinha uma pista de patinação no gelo bem em frente ao hotel de vile. Depois de enfrentar uma fila bem grandinha, conseguimos entrar. Demos muita sorte, fomos praticamente os ultimos a entrarmos; já estava meio tarde e eles já estavam fechando.

O engraçado é que quando tem uma pista de patinação no gelo no Brasil, ela é em um lugar todo fechado que fica refrigerado o tempo inteiro. Aqui, a pista era à ceu aberto, e a parte fechada é aquecida, que é o lugar onde a gente troca o tenis pelo patins.

Depois de ficarmos uns 45 min se equilibrando em cima dos patins, fomos para um barzinho ficar conversando.

Quando saimos, fomos até a estação de trem mais perta, que já não era tão perto. Mas o ultimo trem já tinha saido, então teriamos que pegar o onibus noturno. Esses onibus passam de uma em uma hora, o proximo ia passar em uns 10 minutos, mas o ponto mais perto ficava a um pouco mais de 1 kilometro. Fomos correndo pra tentar não perder aquele onibus.

Quando chegamos no ponto, o quadro dizia que o proximo onibus ia passar em 57 minutos, o que significava que tinhamos perdido o outro por muito pouco tempo. Mas felizmente, o onibus estava atrasado, e ele na verdade ainda não tinha passado. Pegamos ele, e depois fizemos uma bela caminhada até a Supélec. O Raphael, amigo do Janailson, constatou uma coisa que eu já sabia faz um tempo, a gente mora longe.

Na quarta-feira de tarde, resolvi ir de novo tentar ver o Musée d’Orsay. Eu estava na metade do museu. O ultimo andar parecia o mais interessante, com obras impressionistas, como do Monet e do Renoir. Eu estava na entrada de uma sala do Van Gogh quando um alarme começa a tocar. Uma voz no alto falante fica repetindo que encontraram uma mochila abandonada no museu, que o dono devia se dirigir a equipe de seguranças, e que o museu deveria ser evacuado. Vou pra entrada do museu, e fico observando os seguranças tirarem os resto das pessoas do museu. Como estava ficando tarde, e eu não sabia quanto tempo aquilo ainda ia demorar, resolvi de novo deixar para ver o Musée d’Orsay em outro dia.

Fui então pra Champs Elysée. Ela estava toda enfeitada por causa do Natal, e na calçada tinha uma fileira de casinhas vendendo varios tipos de comida. Comprei umas castanha e fui encontrar um pessoal que estava no topo do Arc de Triomph.

Amanhã vou pro aeroporto, pra no sabado de manhãzinha pegar o  avião para Londres, para a segunda e ultima semana dessas férias que estão sendo rápidas mais muito boas.

Acredito que esta deva ser a ultima postagem desse ano, então para todos um feliz natal, e um excelente 2012!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Amsterdam - Forum - Começo das férias

É , este post promete ser grande.

Amsterdam
Final de semana passado fomos pra Amsterdam. Saimos da Supélec a meia noite para enfrentar uma viagem de onibus de sete horas. Quando chegamos em Amsterdam eu nunca senti tanto frio. Deixamos as mochilas no hostel e saimos. Comemos um café da manhã bem reforçado em um restaurante e fomos conhecer o museu/casa da Anne Frank.

No caminho pro museu a cidade nos encantou. Tem varios riozinhos que a cortam, o que da um visual muito bonito. A cidade parecia bem sossegada naquela manhã de sabado, e ficamos imaginando como deveria ser bom morar em uma daquelas casas.

Durante a visita ao museu lembrei do livro que tive que ler na escola, o Diario de Anne Frank. É inimaginavél as coisas que as pessoas tinham que fazer durante a época da guerra.

As 2 da tarde voltamos pro hostel para fazer o chek-in no nosso quarto, e saimos para ir almoçar. Encontramos um restaurante argentino. Fazia tempo que a gente não comia uma carne de verdade, boa, suculenta, que nem no Brasil. E a costela alem de ser muito boa era gigante.


Isso porque ainda tinha um prato de salada e um outro de batata fritas para cada um.

De noite demos uma passada rapida em um cassino, onde todo mundo perdeu um pouco de dinheiro, e fomos conhecer a noite de Amsterdam. Foi muito engraçado.

No outro dia, acordamos com medo de termos perdido o café da manhã do hostel, mas conseguimos pega-lo. Fomos para o museo Van Gogh, onde tem varios quadros incriveis, e depois fomos para um monumento “I amsterdam”, tirar umas fotos.

O “I amsterdam” é um letreiro, e um ponto turistico, todos que vão visitar Amsterdam vão tirar uma foto nele. Acontece que tinham colocado uma pista de patinação no gelo bem em frente ao letreiro. Quando chegamos no letreio, quase fomos atingidos por bolas de neves. Um grupo de crianças que estava na pista de patinação de gelo começou a fazer bolas de neve com o gelo da pista, e jogar em todo mundo que chegava perto do letreiro. Chegamos um pouco mais perto, e ficamos tentando pegar alguma das bolas de neve que eles jogavam para jogar de volta. Ficamos um bom tempo ali nos divertindo. Quando finalmente decidimos tirar as fotos, foi bem dificil. Ali da frente do letreiro, tinha um grupo de umas 10 crianças e um senhor mirando com bolas de neve na gente. Tinhamos que manter um olho na camera e outro neles.

As 4 da tarde saimos de Amsterdam. E mesmo chegando só a meia-noite na Supelec, e estando bem cansado no outro dia, essa viagem valeu muito a pena!


Forum Centrale-Supélec
O problema foi que depois de chegar de Amsterdam, eu ainda tinha que acabar de preparar os meus curriculos. Na terça-feira teve o Forum Centrale-Supélec.

Esse é um evento que junta varias empresas e você pode ir conversas com as pessoas responsaveis, para tentar arranjar um estagio. O que acontece é que no final do segundo ano de uma grande école (que é o que eu estou fazendo agora) os alunos tem que fazer um estagio minimo de 2 meses durante as férias. E no final do terceiro, e ultimo, ano, o estagio tem que ser de no minimo 6 meses.

O Forum era bem grande, tinha 140 empresas, em varias areas. Empresas como Alston, Schneider, Siemens, PSA, Renault, Michelin, HP, Crédit Suisse e varias outras.

Embora a maioria das empressas procure mesmo estagiarios para no minimo seis meses, acabei deixando bastante curriculos. Agora é esperar para ver o que acontece.

Depois do Forum fomos com um pessoal da Centrales comer no restaurante japoneis que a gente sempre vai. Lá é rodizio, e um dos garçons estava duvidando que a gente conseguisse comer tudo o que a gente tinha pedido. Claro que conseguimos.


Começo das férias
Sexta-feira foi o ultimo dia de aula, ultimo dia antes dessas férias tão necessarias e merecidas. Mas antes, na quinta, teve a ultima festa do ano aqui na Supélec.

Depois de ter durmido pouco no fim de semana, e pouco tembém preparando as coisas pro Forum, na quinta-feira eu acordei com uma dor de garganta horrivel. Mas de noite, iam ter duas festas, uma com os estudantes estrangeiros aqui na Supélec, e a outra, a ultima festa dessa gestão do BDE (“bureau des étudiants”, tipo um gremio) a Snow Limit.

Fomos primeiro na festa que tinha os outros estrangeiros, mas também tinham alguns franceses. Era em um apartamento. Lá eu recebi uma das melhores noticias da semana, fiquei sabendo que eu tinha sido aprovado na primeira sequencia de Alemão! Eu tinha tirado 10 (as notas aqui são sobre 20) e eu pensava que a média para linguas era 12, mas na festa alguem me explicou que a média é 10 mesmo, o que significa que eu passei!

Por volta da 1 da manhã fomos para a Snow Limit. Tava muito frio, e corremos de um predio até o outro. A festa estava muito boa, era open bar, e tinha uma maquina que soltava uma espuma para parecer neve. Cheguei em casa às 5 da manhã.

Não sei como acordei no outro dia as 8:40, e como consegui chegar na aula que começava as 8:45. Verdade que eu cheguei meio atrasado mas o professor ainda não tinha começado a dar matéria. A sala estava meio vazia, e como eu acordei meio alegre ainda, durante a primeira aula eu estava sem sono e copiava tudo o que o professor passava, até alguns comentarios que ele só falava. O mais incrivel é que na sexta a dor de garganta que estava me matando na quinta tinha sumido.

Foi duro ter que fazer mais um lab a tarde, mais pelo menos, agora eu estou de férias!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Semana de provas

As ultimas semanas foram bem dificeis. Semana passada foi a semana de provas para o primeiro e segundo ano aqui na Supélec. As minhas provas começavam na quinta... e acabavam na sexta. Eram apenas dois dias de prova. Mas isso significava que eu ia ter quatro provas em dois dias.

A maioria das provas eram divididas em duas partes: uma de uma hora sem consulta, e a outra de duas horas com consulta livre. Quinta de manhã tive prova de conversão e tratamento de energia elétrica, quinta a tarde foi a prova do curso de frances, sexta de manhã foi a de componentes de semicondutores (que estava bem dificil), e sexta à tarde foi a prova de automação, que era oral. Eu estava um pouco ansioso por ter que fazer uma prova oral, principalmente pelo fato de ser em francês. Mas no final, o problema maior não foi a lingua, e eu consegui falar tudo o que eu queria.

Não tem muito o que falar sobre essa semana. Foram as minhas primeiras provas de verdade que eu tive que fazer em francês, mas essa não foi a questão. É incrivel como as coisas na vida cada vez vão ficando mais dificeis. Quando eu participei do IYPT tinha muita coisa pra fazer, depois veio o vestibular, e então as semanas de provas da Poli, ainda mais quando coincidia com os trabalhos para entregar. Mas com certeza nada se compara a essas ultimas duas semanas.

Mas, sexta no final de tarde eu estava livre, o que significava que eu ia ter um fim-de-semana de três dias, porque muita gente ainda ia ter provas na segunda.

Alem de usar o final de semana para tentar repor o sono, ver varios filmes, e ir fazer algumas compras, aproveitamos para passear por Paris. Fomos até Montmartre, que é o bairro onde fica a Sacré Coeur. A Sacré Coeur é uma basilica, e fica no alto de um morro, de onde se tem uma visão panorâmica de toda Paris.


Ali perto, encontramos uma praça, onde no meio tinham vários quadros sendo vendidos, e ao redor ficavam vários barzinhos. Sentamos em um deles e ficamos bebendo vinho.


De lá fomos andando até o Moulin Rouge, e depois fomos dar uma volta no quartier latin, um bairro bohemio de Paris. Agora, bem diferente de quando a gente chegou na França, os dias estão começando a escurecer bem cedo; e embora já estivesse bem escuro, era apenas quase sete horas, e os bares ainda não estavam muito movimentados.

Fomos procurar algum lugar para comer, e depois voltamos para a Supélec.

domingo, 30 de outubro de 2011

Caipirinha

Aumentar um pouco a força no pé, e se sentir indo mais rapido. Ter o controle e a liberdade, de poder percorrer 5km em nem uns 5 minutos. Já fazia bem uns 3 meses que eu não dirigia, e eu pude perceber que eu sentia um pouco de saudades. Esses pequenos habitos do dia-a-dia no Brasil que tive que deixar para trás.

Sem contar a comodidade. Na propria Supélec existe um carro que a gente pode alugar.  Resolvemos experimentar para fazer as nossas compras no supermercado. Muito mais prático. Antes, so de pensar em ter que subir a ladeira na volta do mercado já cansava. Agora, pudemos comprar praticamento o mercado inteiro sem nenhum problema.

Sabado passado fomos para Paris. Finalmente subimos no Arc de Triomphe. Era de noite, e a vista de lá era bem legal. Como Paris é uma cidade meio baixa, não tem muitos prédios altos, mesmo do Arco, que não é muito alto, da para se ver a cidade inteira.

E é impressionante o tanto de brasileiro que se pode encontrar em Paris. Ainda mais em pontos turisticos, parecia que estavamos no Brasil. O que menos se ouvia com certeza era o frances.

Essa semana foi cruel para os estudantes da Supélec. Justamente porque para nos essa foi uma semana normal. Na terça-feira que vem, dia 1, é um feriado aqui na França, o Toussants. Então, praticamente todas as escolas tiveram férias durante essa semana inteira, indo até a proxima terça. As escolas que menos tiveram ferias, começaram o feriado na quarta, e vão ter sete dias de descanso. Mas na Supélec não, o unico dia que é feriado é na terça, mas segunda tem aula.

O pior, é acordar de manhã, abrir o Face, olhar as atualizações da galera falando que estão indo pra Belgica, Luxemburgo, Amsterdã, Italia, Praga... e você estar indo para a aula.

Mas, pelo menos, na quinta um dos clubes da Supélec organizou uma “Soirée International”, em que os estudantes estrangeiros preparavam um prato tipico de seus paises. Fizemos brigadeiro e caipirinha. Na verdade foi caipiroska, porque so conseguimos achar vodka.

Foi animal! A area em que a gente estava ficou lotada o tempo todo. O pessoal não parava de pedir pra gente fazer caipirinha. A gente tinha feito muitos brigadeiros, e acabaram todos. Paramos de fazer caipirinha também so quando acabou o limão.

Teve um cara que foi umas seis vezes pegar caipirinha. Falando com ele, ele comentou que no Brasil tem bastante libaneses, e que ele era libanes e tal. Eu falei que eu sou decendente de libaneses, que um dos meus sobrenomes é Ahualle. Ele passou o resto da festa me chamando de primo.

No outro dia, bastante gente veio falar comigo. Falaram que gostaram bastante do brigadeiro, e que a caipirinha era a melhor bebida que teve na soirée.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Gala Supélec

Essa sexta tevo o Gala. É a maior festa da Supélec, e a segunda maior gala da França. Essa foi a 63e edição, o que significa que a primeira foi apenas 2 anos depois da guerra. Em anos anteriores ja tocaram nomes como Bob Sinclair, e Benny Benassi; e esse ano,  uma das Djs que tocou foi a residente da Pacha Ibiza.

Durante toda a semana a escola inteira respirava os preparativos para essa super festa. Ela foi dentro da propria escola, então dava para ver o pessoal começando a arrumar a infraestrutura e organizar os espaços. Como aqui na França existe muito o espirito do “faça você mesmo”, a maior parte das coisas estava sendo arrumada pelos alunos, tanto as estruturas dos bares, como o palco principal e a iluminação. Alem disso, como iam ter varios ambientes, alguns eram nos anfiteatros onde temos aula, então na sexta-feira, não teve aula.

Mas a semana começou a acabar bem antes. Na quarta de manhã não teve aula, pois houve uma palestra que interessava apenas aos alunos franceses. E na quinta eu normalmente já não tenho aula, apenas uma aulinha de frances no final da tarde.

Essa quinta no horario do almoço, teve um coquetel de recepção, com todos os alunos estrangeiros na Supélec, e alguns professores. Tinha champagne, e uns sandwiches que eram muito bons.

Sexta-feira não tinha aula, logo, era possivel aproveitar a quinta a noite também. A Mix é uma balada em Paris, e todas as quintas-feiras, a entrada para estrangeiros é de graça até meia-noite. Eu, o Vitor, o Paulo, e o primo do Paulo resolvemos ir.

Saimos da Supelec por volta das onze horas, e quando chegamos na gare para ir a Paris, o trem tinha acabado de passar. O proximo era em apenas 30 minutos. Paramos para tomar então uma decisão. Sabiamos que se fossemos pra Mix, com certeza chegariamos depois da meia-noite e teriamos que pagar a entrada; mas mesmo assim, resolvemos ir.

Chegamos lá por volta da meia noite e meia. E a balada estava lotada! Tinha muita gente, na verdade até gente de mais; no meio da pista era praticamente impossivel de andar. Mas, conforme ia ficando mais tarde, a Mix começou a esvaziar um pouco, e deu para aproveitar bastante.

Como tinhamos que esperar o RER voltar a funcionar, nos ficamos até tarde na balada. Até que um segurança, que era bem grande, falou que era pra gente ir embora que eles estavam fechando.

Fui durmir as 7 da manhã, mas, ao inves de aproveitar o dia sem aula para dormir bastante, acordei um pouco antes do meio-dia. Tinha combinado com os brasileiros de almoçar sexta em um rodizio japones. Assim que acordei fui ligando para o pessoa, para confirmar quem ia, e depois liguei para o restaurante para fazer a reserva para 8 pessoas.

Mas, quando fomos pegar o trem, para ir para o restaurante, ele tinha acabado de passar. O proximo ia demorar um pouco, e de repente, apareceu a informação que ele estava atrasado. O restaurante ia fechar as 2 e meia, e comecei a achar que não ia dar tempo de chegar la.

Acabou dando tudo certo. Chegamos no restaurante a tempo, e pedimos muitas coisas. Estava muito bom, e acabamos comendo demais, tanto que jantei muito pouco aquele dia. Acho que o pessoal do restaurante não gostou muito que a gente tenho ido; tenho certeza que demos prejuizo, e acabamos ficando bem depois das 2 e meia lá.

Durmi mais um pouco, e então, era hora de ir pra Gala.

A estrutura estava muito mais incrivel do que eu imaginava. Já na porta tinham 6 canhões de luz, iluminando o céu, e um Dj tocando. Dentro, estava melhor ainda. A festa estava bem cheia, tinha umas 6 mil pessoas, e foi muito boa. So fomos embora quando tocou a ultima musica.

Foi muito bom finalmente ter uma festa na Supélec. Para voltar para casa demorou menos que 2 minutos.

Estava bem cansado, mas no sabado acordei relativamente cedo. Acordamos meio-dia, pois queriamos ir para Paris para comprar roupas de frio. Durante a semana tinhamos percebido que já era necessário se preparar para o inverno.

Passemos o dia inteiro lá, e acabei comprando um sobretudo.

No domingo fiquei descansando o dia inteiro. Até que de noite, enquando estava escrevendo este post, o Daniel me avisa que o pessoal do primeiro ano disse que estava tendo cerveja de graça no coopé, o bar da escola. Era uma festa pra secar a fonte das coisas que tinham sobrado do Gala.

A cerveja era de graça, e aprendi que o Bufalo Bill morreu porque ele estava com a mão direita ocupada, que é a mão que ele sacava a arma; então, para sobreviver na Supélec, deve-se segurar o copo sempre com a mão esquerda. Vi  também, enquanto os frances faziam um boliche humano, que eles são muito mais locos que os brasileiros.

Agora já são quase 3 horas, e eu estou indo durmir, porque esta semana promete ser bem menos tranquila que a semana que acabou de passar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nuit Blanche

As aulas ja começaram. O ritmo é frenético. Os professores falam muito depressa, e cada materia é vista muito rapidamente. Matérias que eu ja havia visto no Brasil e demoraram três meses para serem dadas e eram de cursos diferentes, aqui, foram dadas em um dia, pelo mesmo professor.

Mas, embora a primeira semana tenha sido bem corrida, as coisas começam a se ajeiter. Consegui resolver alguns problemas que tinha com o banco, estamos conseguindo cozinhar a nossa janta todos os dias, e o meu quarto estava um pouco mais arrumado do que quando havia chego na Supélec.

Ficamos sabendo que na noite de sabado, primeiro de outubro, ocorreria em Paris a Nuit Blanche. Eh um evento cultural, em que varias obras e instalações que foram feitas especialmente para esse evento ficam expostas; tem também a apresentação de musica e exposição de videos. Decidimos então que iriamos para Paris no sabado, e voltariamos apenas no domingo de manhã.

Para aproveitar e passear pelas atrações turisticas, resolvemos ir no fim da tarde, assim ainda pegariamos algumas horas de sol. Nos encontramos pouco depois das 4 da tarde, eu, o Fernando, o Daniel, a Mayumi, o Janailson e o Raphael, e fomos para a estação do RER. Mas, chegando la, vimos a informação de que havia ocorrido um acidente em uma das linhas, e, por isso, o proximo trem para Paris iria sair quase as 6 horas. Bebemos uma coca enquanto esperavamos.

Chegando em Paris, nos separamos do Janailson, que queria dar uma olhada em alguns computadores, e fomos para a Champs-Elysée, para então irmo au Arc de Triomphe. Quando chegamos na frente dele, encontramos alguns brasileiros que estão na ECP, e a gente tinha conhecido em Vichy.
 
Ficamos conversando muito tempo sobre a vida agora na faculdade, e resolvemos ir jantar. Fomos no Quick, que é uma rede de fast-food, parecida com o McDonald’s.

Depois de jantar nos despedimos deles, e fomos em direção ao Arc de Triomph, pois queriamos subir nele, assim teriamos uma vista incrivel de toda Paris. No caminho, encontramos um mexicano que também havia estado no Cavilam, conversamos rapidamente com ele, e ele disse que acabava de ter subido la, e que era bem legal.

Mas, quando chegamos, encontramos tudo fechado, embora ainda tivessem pessoas la em cima. Tinhamos perdido o ultimo horario de subida por menos de dez minutos.  

Resolvemos então ir até a torre Eiffel. La também  é possivel ter uma vista incrivel da cidade à noite. No caminho para ela, vimos que ela estava com uma iluminação a mais, que eram luzes brancas piscando, o que ficava muito bonito. Mas, quando saimos do metro, essa luzes tinham sido apagadas.

A torre Eiffle é muito grande! Quando chegamos nela, resolvemos subir até o topo, mesmo que não fosse tão barato. No entanto, o guardinha nos informou que àquela hora, era possivel subir apenas até a metade da torre, não mais até o lugar mais alto.

Havendo dessistido de subir na torre, fomos nos afastando para tirar uma foto em que fosse possivel pega-la inteira. As luzes brancas que enfeitavam a torre voltaram a ser acessas. No pé de uma escadaria, havia um grupo de pessoas significamente grande dançando ao som de uma valsa. Quando resolvemos ir pegar o metro, passamos pela frente do teatro nacional, e na porta, ao ar livre, havia um homem tocando piano.

Fomos para a praça do Hôtel de Ville, que era perto da maioria das atrações da Nuite Blanche. Estava lotada de gente. Em um dos cantos da praça, existia uma aglomeração bem maior de pessoas. A Samsung estava distribuindo bottons fosforescentes. Nos enfiamos ali no meio para pegarmos alguns.

Encontramos o professor Raul, o Janailson, e dois amigos dele. Fomos para um pub, que fica em um bairro meio bohemio de Paris. O local era bem legal, mas chegamos a 1h40, e quando fomos pegar uma cerveja, ficamos sabendo que o preço da cerveja subiu 1€ depois da 1h30.

Saindo do pub, fomos ver algumas atrações da Nuite Blanche. Passamos por uma exposiço de video, por uma performace de dança e musica, por uma escultura chamada “Yéti”, e por uma outra escultura que dever ter precisado de muitos calculos para ter sido feita. Passamos na frente de uma outra atração, Purple Rain, mas a fila estava gigante.

Os outros brasileiros que estudam na Supélec também estavam em Paris. A gente ficou se falando por celular durante a noite, e agora eles estavam tentando nos encontrar. Sentamos em um banco, e falamos para eles em que rua estavamos. E esperamos. Depois de um bom tempo, eles nos encontraram, e começaram a contar como eles tiveram mais azar que a gente naquela noite.

Como ja estava bem tarde, mas o RER ainda não estava funcionando, fomos na Purple Rain, ver se a fila tinha diminuido. Ela estava um pouco grande, mas bem menor do que antes. Resolvemos ficar.

Entrando no prédio, recebemos um guarda-chuvas. Entravamos em um jardim interno, e la, a iluminação era toda roxa, e a agua caia como se fosse chuva. Ao fundo, ficava tocando uma musica, que acredito que seja a do Prince que tem o mesmo nome da obra. Eu achava que estavamos em um local coberto, mas quando olhei para cima, vi que estavamos ao ar livre. Fiquei um tempo pensando em como a agua estava caindo do ceu.

Saimos da atração, e fomos em direção a estação onde poderiamos pegar o trem para casa. A fome começou a apertar. Começamos a procurar alguma coisa para comer, mas estava tudo fechado. Fiquei um pouco com saudades de São Paulo, onde eu sabia que não seria nada dificil achar um lugar para comer, não importa qual fosse a hora do dia. No caminho, em uma das ruas passamos por duas meninas, que na verdade eram dois caras, e estavam falando português.

Finalmente achamos umas lojinhas abertas. Comi um cachorro-quente que estava muito bom. Quando pegamos o RER, vim durmindo a viagem toda.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Bonjour Supélec

Embora tenha sido dificil sair da cama, acordo cedo e com tempo de sobra na sexta-feira. Apos acabar de arrumar os ultimos detalhes, e me certificar que tudo estava guardado, desço para o meu ultimo café da manhã com a minha familia de accueil. Avinash, o indiano que também morou la por dois meses, ja tinha ido embora mais cedo, mas todos os outros estavam ali.

Depois do café, hora de tirar a mala do quarto, e me despedir da familia. Disse tchau para a Viviane, que foi a minha mère no tempo que passei em Vishy. Mesmo a gare sendo bem perto de casa, Jean-Marie, o père, pegou a minha bagagem e me levou de carro até a estação. Ele me ajudou a levar as coisas até a gare, e ficou la até eu me certificar que estava tudo certo. Por fim, disse tchau a ele, que ratificou o convite da Viviane falando que quando eu quisesse eu poderia voltar para visita-los.

Ainda faltava meia hora para o trem chegar. Encontrei o Fernando, o Raphael, o Janailson e o Daniel, que também iam para a Supélec. O trem chegou na hora, e fomos finalmente para Paris.

Em Paris, o Claude, que trabalha na escola, foi nos buscar na gare de carro. Fizemos alguma magica, pois mesmo o carro sendo grande, tinhamos muitas malas, e conseguimos colocar todas no porta-malas. Como eramos muitos, eu e o Janailson nos oferecemos para ir de metro e trem até a Supélec. Pela primeira vez peguei o famoso metro de Paris.

Descemos na estação mais perto da Supélec, e o Claude foi nos buscar de carro la. No caminho, vi varias plantações, e ja comecei a perceber que realmente estamos no interior.

Chegando, fomos nos instalar nos nossos quartos. O quarto não é grande, e a primeira vista não gostei muito; mas agora, com ele cheio de coisas, e mais arrumado, até que ele não é ruim. Depois de uma reunião com o Raul, onde ele nos falou das varias possibilidades de projetos e idéias que podemos explorar neste ano, encontramos o Andrea, um italiano que ja esta aqui a um ano. Fomos para o apartamento dele, que é na residencia 2 e é bem maior, e jantamos pizza.

Sabado de manhã fomos para Paris com um grupo de alunos estrangeiros que estão na Supélec. Para ir, temos que primeiro pegar um onibus até a gare, e de la pegar o RER, que demora uns 45 minutos até chegar em Paris. Pegamos um metro. Fomos primeiro no Panthéon que é a casa de grandes orgulhos dos franceses. A fachada é enorme, e o interior incrivel; com uma abobada, um pé direito extremamente alto, e um salão bem amplo. No centro da abobada, fica o pendulo de Foucault, que prova que a Terra gira. No subsolo, fica uma cripta, onde repousam nomes como Rousseau, Victor Hugo, Monet, Marie Curie e Voltaire.

Saindo de la, passamos no McDonalds para fazer um almoço bem frances. Mas, pegamos para viagem, e fomos comer no jardim de Luxembourg, que fica ali do lado. Estava meio frio, mas o jardim é bem agradavel, e muito bonito. Fomos andando, cruzamos o Sena, e chegamos na catedral de Notre Dame. Ela é muito alta; muito grande. E bem em frente, fica o marco zero de Paris.

Pegamos o metro, e fomos até a estação dos Invalides. Contornando a estação, ha uma area aberta bem grande, onde no fundo é possivel ver uma construção, que antigamente era um hospital de guerra, e hoje é onde esta Napoleão. Passando uma ponte que tem alguns pilares e umas estatuas, estão o Grand Palais (grande palacio) e o Petit Palais. Chegamos então na Champs-Elysées. Eh uma avenida bem larga, que é repleta de lojas. Aproveitamos para comprar comida para os proximos cafés da manhã.

Encontramos os outros brasileiros que estão estudando na Supélec, e fomos procurar um lugar para jantar. Pegamos o metro, e na estação que descemos, tinha uma pequena aglomeração na rua, e varios policiais por perto. Ninguem entendeu o que estava acontecendo, e os que estão a mais tempo em Paris disseram que aquilo não era muito normal. Continuamos o nosso caminho até o restaurante chineis, onde iriamos jantar. A comida estava muito boa, e no meio da refeição o professor Raul se juntou a nos.

Saimos do restaurante as 11 horas. Fomos andando até o metro, e dele fomos para uma estação em que poderiamos pegar o RER. Esperamos por 40 minutos até o trem chegar. Mais meia hora de trem, até a estação, e então começou a parte dificil. A Supélec fica longe da estação, e o caminho era praticamente so subida. Tivemos que passar do lado de uma floresta, e então chegamos na escola. Demos uma passada rapida em um barzinho que fica dentro da escola. A cerveja é barata, e tem mesas de sinuca e de pebolim.

No domingo almoçamos em um kebab, e tivemos que pegar um trem e um onibus para voltar. Enaquanto esperavamos o onibus, começou a chover, e tivemos que nos apertar um pouco para todos ficarem em baixo da parte coberta do ponto de onibus. Quando o onibus chegou, eu fui um dos ultimos a entrar. Na hora de pagar, tinha acabado o papel da maquina, então, o motorista não cobrou a nossa passagem. Nesse dia, jantamos pizza de novo.

Todos as noites estamos tendo que inventar coisas diferentes para comer. Cada vez mais percebo como era boa a vida em Vichy.
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Hoje foi o primeiro dia de atividades para mim aqui na Supeléc. De manhã, tivemos uma palestra com o diretor e com os responsaveis de ensino e acompanhamento pedagogico. De tarde, teve um teste de ingles. A minha vida aqui na Supélec começou.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Au revoir, Vichy

Vi muitos sairem de Vichy nesses dois meses que passei aqui. Me despedi de varias pessoas, via o pessoal animado, indo começar uma vida totalmente nova; ou voltando para as suas casas, em seus paises. Mas, na segunda-feira seguinte, eu sempre fazia de novo aquele mesmo trajeto tão conhecido por mim, passando em frente da gare, pegando a avenida dos Celestins, e indo reto ate o Cavilam. Entrava na sala para esperar e ver os rostos novos, para ver as atividades culturais que o Cavilam ia fazer naquela semana, e começar mais uma semana de aulas, em um lugar que na verdade eu me sentia de ferias.

Na proxima segunda vou ser eu que não vou estar mais la. Um dos ultimos brasileiros a ir embora de Vichy. Na verdade um dos ultimos do Cavilam a ir embora, por que dos que chegaram no mes de julho, acho que não tem praticamente mais nenhum aluno ainda aqui.

Hoje é a ultima noite em Vichy. Teve um jantar um pouco mais elaborado na minha familia de accueil. Eles serviram um vinho de aperitivo, e a mère preparou dois bolos, muito bons, para a sobremesa. De queijo, tinha o camenbert, que esta virando o meu preferido por enquanto nesta minha estadia na França. Depois da janta, fui para a frente do Cavilam. Hoje era dia de filme, mas nos ficamos esperando ele terminar para nos despedirmos dos italianos. Depois, fomos para um barzinho, que acredito eu, abriu esta noite.

Todos os dias indo para o Cavilam, via um pessoal trabalhando naquele lugar. Eles cortavam madeira, para fazer o piso, e também para fazer algumas mesas. Hoje, derrepente, aquele lugar que estava em obras até ontem, estava aberto. O barzinho era bem animado. As vezes a musica eram aquelas tipicas de balada, mas na maioria do tempo, era o karaoke que animava o ambiente. Acabamos conhecendo um frances que estava bem alegre, e começou a puxar papo com a gente. Antes de voltar para casa, demos uma passada rapida no Fous do Roy.

Agora resta apenas o desafio de fechar a mala, e estarei pronto para dizer "Au revoir" à Vichy. Foram dois meses morando pela primeira vez fora do Brasil, sem aquela segurança de poder contar sempre com a ajuda dos pais, ou da familia. Foram dois meses que eu tive que sair da bolha que querendo ou não, acaba se formando quando estamos na casa dos nossos pais. Foram dois meses de muitos aprendizados, de muitos novos amigos, novas historias, e com certeza, otimas recordações.

Au revoir, Vichy!

domingo, 11 de setembro de 2011

21 anos

Ja faz algum tempo que eu não escrevo aqui, e desde a ultima vez varias coisas aconteceram. Viagei pra Lyon, fui conhecer Clermont-Ferrand, aprendi a remar melhor, comprei um perfume frances, comprei um computador, e fiz 21 anos! Agora sou maior em todos os paises do mundo!

Embora meu portugues realmente deva ter piorado, ele não esta tão ruim quanto parece. O teclado frances não tem o acento agudo, a não ser no "é".

No sabado passado, eu e o Daniel iamos para Lyon. Mas na sexta, fomos para a soirée do Cavilam. Descobrimos uma vendinha que fica aberta até tarde, e passamos la antes de ir pra soiréee. Não fiquei até muito tarde na soirée. Quando cheguei em casa ainda tinha que arrumar as coisas pra ir à Lyon.

Arrumar a mala na ultima hora, e com sono tem parecido uma boa idéia. Eu tenho arrumado a mala muito mais rapido do que normalmente, e até agora não esqueci nada de importante. Fora a toalha que eu esqueci de levar pra viagem na Suiça, mas isso não vem ao caso.

Sabado pegamos o primeiro trem para Lyon. Dormi as duas horas da viagem. Chegando la, o Farias estava nos esperando. Ele era da mesma sala que o Daniel no Brasil, e ele chamou a gente pra ir à Lyon. Pegamos um bondinho até a catedral. A catedral é incrivel. Eh em homenagem à Maria e fica no topo de uma colina. Do lado de fora tem um mirante, que da pra ver toda a cidades. Ali perto, tem um antigo teatro romano, com o palco e as escadas, que servem de bancos, feitas de pedras, ao ar livre.

Descemos a pé, até o centro antigo. O Farias disse que tem uns lugares que ficam bem animados durante a noite. A praça que fica a prefeitura é bem ampla, e tem uma fonte no meio.

Depois de darmos uma boa andada por Lyon, fomos para a Ecole Centrales. Ia ter um almoço entre todos os brasileiros que estão estudando la. Acabei revendo bastante gente que eu conheci no Cavilam, e da Poli também. Encontrei a Re pela primeira vez aqui na Europa.

Conversando com o pessoal de la deu vontade de ir logo pra Supelec, ir logo morar na faculdade. Eu to gostando de Vichy, e aproveitando bastante, mas embora eu ainda queira continuar aqui, de férias, eu quero ir logo pra Gif também.

A noite fui jantar com uma amiga minha, do Cavilam. Teve bolo, com vela e tudo, afinal, meu aniversario era no domingo.

No domingo fomos com o Farias numa brocante, na cidadezinha onde fica a Ecole. Jantamos pizza. Na segunda logo cedo fomos voltamos para Vichy.

Apesar de estar longe do Brasil, foi luito bom poder ler os emails dos meus pais, e os desejos de feliz aniversario de varios amigos. Obrigado a todos!

Essa semana chegou um grupo de italianos. A maioria esta no final do ensino médio. Eles falam alto e são bem animados. Acabei conversando bastante com alguns.

Saimos quase todos os dias a noite dessa semana. Um dia fomos na L'Academie, que é um barzinho. No outro fomos em um casino, onde tentamos aumentar a nossa bolsa e acabamos perdendo 4€; pelo menos tinha refrigerante de graça. Sexta teve a soirée. Foi no Fou do Roi, que é o lugar que mais parece uma balada mesmo. Mas estava meio vazio, e a gente acabou ficando a maior parte do tempo do lado de fora. Mesmo assim, deu pra aproveitar.

No sabado, depois do remo pela manhã, fomos na piscina à tarde. A piscina, na verdade, são duas piscinas. Uma coberta, aquecida e com tobogã, e a outra olimpica, do lado de fora.

Hoje fomos conhecer Clermont-Ferrand. Varios predios da cidade são escuros, porque eles usaram na construção pedras de origem vulcanica. A cadetral é singular. Ela é muito grande, e bem preta. Passamos por um parque bem aconchegante também. Pascal nasceu la, e pela cidade é possivel encontrar varias coisas em referencia a ele.

Amanhã começa minha ultima semana em Vichy, e tambem minha ultima semana de ferias, vamos ver como vai ser.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Fim do verão

No cavilam, a maioria dos estudantes vieram à França para estudar em uma das grand écoles (escolas de engenharia), e, segundo o calendario da maioria das escolas, eles tinham que estar essa semana em suas respectivas faculdades. Assim, a semana passada foi uma semana praticamente de despedidas. Embora eu conhecesse a maioria das pessoas a no maximo um mes, eu as via todo o dia. E é estranho tentar imaginar quando eu as verei de novo, e perceber que com certeza não sera tão rápido.

Na segunda fizemos o futebol de despedida. Estava lotado de brasileiros, o que não é de se estranhar. Jogamos por umas 2 horas, e o sol estava muito quente! Mesmo no Brasil é dificil sentir um calor como aquele. Chegou a fazer 40 graus. Vichy bateu o recorde de cidade mais quente na França.

O calor ainda continuou por todo o início da semana. Devo ter ficado mais moreno aqui do que a muito tempo não ficava no Brasil. Mas chegando quase no fim-de-semana o tempo começou a mudar. Deu pra perceber muito bem que não estavamos mais no verão.

Teve a última soirée na sexta, que durou mais que o habitual, e durante todo o fim-de-semana tinha coisas pra fazer. Acabei andando muito. Todos queriam aproveitar seus últimos dias em Vichy.

Conheci uma galera bem legal aqui em Vichy. Essas 5 semanas foram muito boas! Surgiram historias e lugares que fizeram valer a pena. Espero, de verdade, toda a sorte pra todo esse pessoal. Que eles aproveitem muito aqui na França.


Na segunda o Cavilam estava deserto. Praticamente todos já tinham ido. O programa cultural, que antes era repleto de atividades, agora esta bem pequeno. No entanto, estamos conseguindo arranjar várias coisas para fazer.

Comecei a praticar remo. Depois de um tempo meio perdido dentro da água consegui fazer o barco ir para a direção certa. Consegui ir até uma ponte e voltar. É bem legal, mas cansativo. Espero que amanhã não chova, quero muito ir de novo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Começou: primeira viagem

Terça-feira teve um filme, que mesmo sendo em frances foi muito bom. Era uma comédia. Na quarta, o soirée bresilienne, onde o pessoal falou com o dono da La Galerie, e só tocou musicas brasileiras e a bebida foi mais barata. Na quinta, degustação, principalmente de vinhos. Soirée internationel na sexta, seguido do soirée normal. Os mexicanos levaram uma tequila, mas antes era pra morder um chili. Muito bom, depois de um tempo a lingua fica meio dormente.

A semana já teria sido muito boa. Mas eu quase não lembrava mais dessas coisas que tinham acontecido. Depois de ir dormir tarde na sexta, sabado acordo cedo, o trem que vai para Lyon saia as 7 da manhã. Uma pequena pausa em Lyon, onde as 9 e meia todas as lojas ainda estavam fechadas, e pegamos o trem para Genebra, Suiça.

Saindo da gare (estação de trem) fomos direto para a sede da ONU, que não era exatamente perto. Mas a caminhada e os 10 francos suicos valeram a pena. O predio era incrivel, imponente. Conhecemos as salas onde são feitas as principais reuniões. O guia disse que o objetivo numero um deles era assegurar a paz mundial. Olhando o predio, o tamanho das salas, e as varias obras de artes nos corredores da para imaginar o tamanho e a força dessa organização. Mas se eu ligasse a televissão naquela hora, eu sabia o tipo de noticias que eu teria sobre o mundo. O tour durou 1 hora, e foi da janela da ONU que eu vi pela primeira vez neve. Lá longe, se disfarçando no meio das nuvens, no pico de uma das montanhas.

A mochila estava pesada. Fazia muito sol. Fomos para o hostel, que era muito bom. No check-in recebemos um cartão para andar de graça nos transportes públicos da cidade. Deixei algumas coisas no armário. Com a mochila bem mais leve, pegamos um barquinho para ir até o centro velho de Geneve. Estava tendo um festival, então, tinha um parque de diversões que margeava uma boa parte do lago. O lago é imenso, e nele fica o Jet d'Eau, que todos me aconselharam a ver, mas que estava desligado.

O centro velho é composto de varias ruazinhas de pedra, e prédios antigos. No meio daquelas ruas estreitas e pequenas tem uma igreja faraonica, muito grande!

Enquanto a maior parte do pessoal foi comer alguma coisa, as 6 e poco da tarde, eu, o fernando e o daniel fomos andar mais um pouco. Tinhamos comprado croissants, cokies e barras de cereal em Vichy, e nos alimentamos deles praticamente a viagem toda. Encontramos uma Heiniken 500 ml por 3 € em uma lojinha, comparando com o preço da França, um achado!

As 10 da noite, em ponto, pois estavamos na Suiça, começou a queima de fogos. Eles chamaram de Opera de Feu (Opera de Fogo). Uma musica tocava de fundo enquanto os fogos praticamente dançavam sobre a água do lago. Meu relogio mostrou que foi uma hora de espetáculo, mas eu não saberia dizer. Nunca vi nada parecido. E acredito, de verdade, que se eu não voltar pra Genebra não vou ver nada igual de novo.

Após ficarmos maravilhados, seguimos em direção ao hostel. Mas antes de chegarmos nele, paramos em um barzinho. Tomei um susto quando perguntei pra Helen se ela sabia se lá eles tinham garrafa de cerveja e o garçon me respondeu em portugues.

Chegamos no hostel tarde e acordamos cedo. Eu, o Daniel e o Fernando pegamos o trem para Montreux. Era uma hora de viagem. Fiquei uma hora grudado na janela olhando o lago com os Alpes de fundo. Da cidade, a visão do lago com as montanhas era ainda mais bonita.

Encontramos uma estátua do Freddie Mercury, que teve uma casa na cidade. Fomos andando por um caminho na margem do lago até chegarmos em um chateu (castelo). O castelo avançava sobre o lago. E na frente dele, encontrei chocolate suiço muito barato! Voltamos para o centro de Montreux. O castelo ficava bem longe, ainda mais a pé e com a mochila nas costas, felizmente, tinham várias fontes com uma água bem gelada pelo caminho.

Montreux é linda e muito agradável, e bem pequena também. Uma rua que parece grande no mapa não tem mais que 200 metros. Ainda vimos uma igreja que ficava no topo de um barranco, e de onde a vista era fenomenal.

Como ainda estava cedo, fomos para Laussane. Lá tem o COI (das olimpiadas). Demos algumas voltas pelo parque olimpico, onde fica a pira com o fogo olimpico. Fomos caminhando pela margem do lago, que continua bonito em Lausanne. Encontramos uma orla, onde ficam várias pessoas. Um lugar bem agradável. Descansamos um pouco e voltamos para a gare. Para descer, não tinhamos percebido como a ladeira da gare em direção ao lago era inclinada.

Voltamos um pouco mais cedo do que o previsto para Genebra. Tentamos uma última vez ir ao lago para olhar o Jet d'Eau, que ainda estava desligado de manhã, antes de irmos à Montreux. Estava meio decepcionado, quando eu falava para alguem que eu ia à Geneve, todos me falavam para ver o Jet d'Eau, e até agora ele sempre estava desligado. Felizmente, agora ele estava lá, e realmente, ele joga a água muito alto.

Pegamos o trem das 7 e as 9 da noite estavamos em Aneccy, na França. Já me sentia em casa, o celular funcinava sem problemas, dava para usar o 3g, e a moeda era o euro.

Quando achamos o nosso hotel não acreditamos, ele era bem no centro da cidade. Uma localização excelente. Aneccy é linda. No centro as ruas são de pedras, um estilo bem antigo, meio medieval, mas muito charmoso. Tem um riozinho que corta a cidade. A agua é praticamente cristalina, e bem rasa em várias partes.

Depois de deixarmos as coisas no hotel saimos para comer. Do lado do hotel fica a ponte mais famosa de Aneccy, que é do lado de uma ilha que tem um predio que fica no meio do rio. Tinha bastante gente por ali. Vários barzinhos, onde se ouvia o barulho das pessoas conversando. Numa das travessas, tinha um grupo de moças tocando um pouco de musica classica. Uma tinha um violino, outra um violoncelo, uma tocava uma flauta de sopro, e as outras eu não me lembro. Em um dos barzinhos, pedimos um sandwish, e uma cerveja, que eu entendi que era feita de vin rouge. O movimento acabou cedo, mas ficamos andando mais um poucos pelas ruazinhas, adimirando os prédios, as igrejas que são grandes e surgiam magicamente, e o riozinho que sempre corria cortando a cidade. Era dia dos pais, e depois de insistir muito, consegui falar com o meu pai durante a janta pelo skype.

No outro dia fomos até o lago. Este era outro, não era o que vimos na Suiça, mas era muito bonito também. Andamos um pouco pelo centro, para ve-lo agora sobre a luz do sol. Uma ladeira nos levou à um chateu. Era um lugar bem alto. De la vimos toda a cidade e o lago.

Nos reencontramos com o resto do pessoal e fomos para a gare. Chegamos em Vichy umas 6 e meia da tarde. Estava cansado, e minha perna doia. Tinha certeza que depois da janta ia cair na cama e dormir muito bem.

Mas o Daniel me ligou. Segunda era feriado, em comemoração a assunção de Maria. Fomos ver uns fogos que iam ter em Vichy. Não chegaram nem perto dos de Genebra, mas acho que nunca nunhum vão chegar. Era o último dia do Farias em Vichy, que na verdade já esta morando em Lyon a um ano. Fomos em um barzinho tomar uma torre de chopp.

Cheguei em casa a 1 da manhã, e ai sim, desmaiei na minha cama.

sábado, 6 de agosto de 2011

Cheguei!

Faz duas semanas que cheguei. Parece que faz mais tempo que eu sai do Brasil. Mas é estranho que essas duas semanas passaram muito rápidas. Os dias aqui estão sendo bem cheios, e mesmo com o sol se pondo só as 10 da noite, não da tempo de fazer tudo o que eu queria. As aulas também estão pegendo bastante tempo. Não é fácil ter aula de manhã e a tarde praticamente todos os dias. Uma coisa que também não esta sendo fácil é se acustumar com o teclado frances, é muito estranho.

Então, cheguei na França em um domingo. Da janela do avião já deu pra ver, ali, grande, imponente. Nenhum prédio chegava perto do tamanho dela. A torre Eiffel, mesmo de longe, é linda. Chegmos em Paris no mesmo dia que o Tour de France. Obvio que eles tiveram prioridade sobre nos. Não deu nem tempo de sentir saudades de São Paulo e já estava preso em um engarrafamento de novo. Depois das duas viagens internacionais de avião e de cruzar metade da França de trem, cheguei bem cansado no que vai ser a minha casa pelos próximos dois meses.

Vichy é uma cidade bem pequena e tranquila. E o mundo é muito grande. Nas aulas de frances que temos no Cavilam existem pessoas de todos os lugares, e o comportamento das pessoas é bem diferente. Mas o mundo também é bem pequeno. Em um dos atelies (aula a tarde) tinhamos que escolher um filme para falar sobre. Eu, um croata, e um espanhol escolhemo O Poderoso Chefão. Certas coisas são boas em todos os lugares do mundo!

No domingo passado, meu primeiro domingo aqui, fomos para a EuroDisney. Não consigo acreditar que fui até lá e não tirei uma foto com o mickei. De qualquer forma, as montanhas russas são incríveis!

Apesar de todas as aulas, ainda não consigo realmente dizer que o meu frances está melhorando. Mas posso afirmar que com certeza meu ingles piorou!

A bientot!

sábado, 23 de julho de 2011

Agora é a hora!!

Finalmente chegou! Aquele sonho que antes aparecia lá no horizonte finalmente está diante dos meus olhos. Em pouco mais de 12 horas estou deixando meu país. Na verdade deixo bem mais do que isso, deixo meus pais, minha família, meus amigos. E pela segunda vez na vida abandono essa cidade que amo tanto.

Já devia estar acostumado com mudanças. É a terceira vez que mudo de cidade. Mas nunca fui para tão longe ficar tanto tempo sozinho, sem meus pais. Impossível descrever o frio na barriga, a ansiedade, e principalmente a empolgação! Todo o tempo me pego pensando em coisas que pretendo fazer lá.

Enfim, é isso. Este é o primeiro post do meu blog, no qual quero fazer um relato desses dois anos que vou morar fora. É também o último de terras tupiniquins. Agora só da França.

C’est parti!!